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Arquivos Mensais: junho 2012

Conto – O Realizador de Sonhos

29 sexta-feira jun 2012

Posted by Bela in Contos, Escritor, Histórias, Textos

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conto, escritores, esperança, história, sentimentos, sonhos, texto

Há muito tempo, havia um menino que nasceu com um dom um tanto pecualiar: tornar os sonhos das pessoas em realidade. Seu nome era Danilo e seus olhos verdes expressavam esperança. Esse talento começou a ser evidente quando completou sete anos, onde quer que passasse, todos ficavam mais felizes e realizados. Era como se milagres acontecessem todos os dias.

O tempo foi passando e um dia percebeu que não conseguia realizar seu maior sonho. E em uma noite quente de verão avistou várias estrelas no céu. Uma delas brilhava intensamente e então fez um pedido com toda a força do seu grande e bondoso coração.

– Estrela que brilha tão intensamente no céu, por favor, escute este pedido que eu faço com amor: eu realmente gosto de fazer as pessoas felizes, mas me sinto tão sozinho… É como se faltasse uma parte de mim.

De repente, o astro brilhou mais forte e caiu do lugar onde estava, para ficar do lado do jovem adolescente. Não tinha forma, era apenas uma luz amarela que faíscava e esquentava como o Sol. Ele recuou alguns passos.

– Não tenha medo… Não irei lhe fazer mal… – começou a falar. – Vejo que tem um bom coração e que gosta muito de ajudar as pessoas. – a luz tocou-lhe o peito. – Irei realizar seu sonho.

– Irá?

A estrela apenas consentiu e um grande clarão pode ser visto por toda a cidade. O garoto havia se transformado em um ser com luz própria e simplesmente desapareceu.

Hoje, ele não está mais sozinho. Na verdade, está dentro de todos nós… Mesmo que alguns pensam ter perdido, está dentro de nossos corações: a esperança. Por isso somos capazes de realizar todos os nossos sonhos, porque existe alguém dentro de nós que nos faz acreditar que tudo é possível, por mais impossível que pareça.

Nunca desista dos seus sonhos.

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Conto – A Rainha das Borboletas

27 quarta-feira jun 2012

Posted by Bela in Contos, Escritor, Histórias, Textos

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amor, borboletas, conto, escrever, escritores, história, sentimentos, texto

Borboletas… Voando… Um sonho… Uma garota. Risadas.

Felipe acordou com um susto, estava suando e havia derrubado todas as cobertas no chão. Colocou as duas mãos na cabeça e pensou em como aquele sonho parecia ter sido real, já o havia tido tantas vezes… Talvez fosse por isso.

Levantou da cama, a arrumou, colocou os chinelos e foi para o banheiro. Morava sozinho em um apartamento no centro da cidade, onde ficava perto da faculdade e do emprego.

Olhou-se no espelho e percebeu algumas olheiras em volta dos seus olhos castanho-amendoados, fazia algumas noites que não dormia muito bem. Tinha esse mesmo sonho toda noite. Tinha que significar alguma coisa para se repetir tanto, não é?

Pegou o pente em cima da pia de porcenalato, penteou seu cabelo marrom escuro, escovou os dentes, trocou de roupa e retornou ao quarto para pegar a mochila e ir para a aula. Feito isso, certificou-se que tudo estava apagado e saiu do apartamento.

Seguiu rumo ao seu destino e encontrou alguns amigos que já estavam na sala, esperando a aula começar. Antes do professor entrar na sala, tateou o bolso na procura de seu celular e ao achá-lo, mandou uma mensagem.

Como a aula foi um tanto interessante, o tempo passou voando e o intervalo logo chegou. Felipe decidiu ir ao jardim que ficava no pátio, sempre ia lá para pensar um pouco e refrescar a mente. Quando ia se aproximando, viu que uma garota estava sentada no banco de madeira que costumava sentar.

Ela tinha cabelo marrom, não conseguia ver seus olhos porque o cabelo estava tampando. Sua mochila estava caída na grama verdinha e molhada por ter chovido recentemente.

Não queria assustá-la, por isso decidiu não sentar ao lado dela, mas tentar conversar primeiro.

– Oi. – disse simplesmente e a menina levantou a cabeça.

Seus olhos eram amendoados.

– Oi. – respondeu e enrubesceu.

– Posso sentar do seu lado? – perguntou, ficando um pouco nervoso.

– Desculpe, esse é o seu lugar? – ficou meio sem jeito e fez menção de pegar suas coisas e sair.

– Não não! Pode ficar, eu gosto de ter companhia.

Ambos sorriram.

– Qual o seu nome? – ele perguntou.

– Ana. – ela respondeu sorrindo e aquele sorriso o fez sentir como se já a conhecesse. – E o seu?

– Felipe.

De repente, uma borboleta vermelha e azul começou a voar ao redor deles e pousou no cabelo da menina. Outras borboletas apareceram e ficaram fazendo uma espécie de dança. O garoto imediatamente lembrou do seu sonho e sentiu uma grande sensação de deja vu.

– Acho que as borboletas gostam de mim. – ela deu risada. – Elas sempre me acompanham quando estou voltando para casa.

Aquela risada… Ela realmente era a garota com quem tinha sonhado. Seu sonho tinha passado para a realidade e ainda não estava acreditando.

– Você deve ser a rainha das borboletas.

Ela parou de rir e o encarou.

– Espera… Você disse rainha das borboletas?

– Sim, por que?

– Seria loucura dizer pra você que eu já o conhecia dos meus sonhos?

Os olhos dele brilharam.

– Não… – Felipe pegou em suas mãos frias. – Porque eu também já a conhecia.

Os dois abriram um grande sorriso. Duas borboletas pousaram nas mãos deles.

Dizem que as borboletas são um símbolo de liberdade, transformações e novas etapas. Ana nunca havia se sentido tão livre como se sentia com ele naquele momento.

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Conto – O Escritor das Ruas

27 quarta-feira jun 2012

Posted by Bela in Contos, Escritor, Histórias, Textos

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conto, escrever, escritores, história, ruas, texto

Seu nome era Monique Russo, tinha os olhos mais azuis que o mar em calmaria, tinha uma estatura mediana e trabalhava como secretária em um grande escritório no centro da capital de São Paulo. Não era o emprego dos sonhos, mas a ajudava a pagar o curso de Direito que fazia a noite.

Andava com pressa pela calçada da avenida movimentada, tentava não esbarrar em ninguém enquanto carregava sua bolsa e seus livros pesados da faculdade. Estava muito atrasada, o despertador não tinha tocado e por isso acordou meia hora depois. Prometeu a si mesma que iria comprar um outro na hora do almoço.

Por mais que estivesse com pressa, algo a chamou a atenção. Parou de andar.

Era um mendigo que estava sentado encostado na parede de um dos gigantes edificios da cidade. Ele estava rodeado de livros de todos os tamanhos e gostos e várias folhas com escritos estavam espalhadas. Parecia difícil de imaginar que alguém que morasse na rua pudesse ter tantos livros e gostasse tanto de ler. E estava escrevendo. Um mendigo escritor?

A moça olhou para os lados e percebeu que ninguém parecia notá-lo. Resolveu que  iria se atrasar mais um pouquinho ao emprego. Tinha algo nele que estava curiosa para descobrir.

– Olá senhor… – começou a jovem, abaixando-se para olhá-lo.

O homem não levantou a cabeça e continuou escrevendo.

– O que quer? – bravejou, não querendo ser interrompido, o que assustou Monique.

– Só queria perguntar se o senhor gosta de ler tanto assim e o que tanto escreve…

Ao ouvir isso, o morador de rua pausou sua atividade e sorriu. Nunca nenhuma pessoa o havia chamado para conversar. A mirou e ela o achou muito familiar.

Conversaram por um longo período e a contou que havia deixado sua família há muito tempo e que se arrependia amargamente disso. Nunca teve a chance de ver a filha crescer.  E desde então, só conseguia achar calma quando escrevia e lia alguma coisa. Por incrível que parecesse, muitas pessoas jogavam livros no lixo e foi assim que fez sua pequena coleção.

A mulher o olhou com carinho, seu pai a havia deixado assim como sua mãe sem motivos aparentes. Um dia ele simplesmente sumiu. Ainda conseguia se lembrar de quanto sua mãe chorou naquela noite.

– Eu escrevi muito durante todo esse tempo que andei vagando pelas ruas. Acho que até escrevi um livro inteiro… – ficou pensativo e tratou de procurar algumas folhas perdidas no meio de seu único e grande tesouro. – Aqui está.

– Posso ler?

– Fique à vontade. – respondeu gentilmente, ela já tinha ouvido aquela voz tão suave.

Olhou para a primeira folha, que parecia ser uma dedicatória e leu: “Em memória de Monique Russo. Desculpe ter ido embora, minha filha. Agora é muito tarde para consertar meus erros. Saiba que a amo muito. Adeus.”

Terminou de ler e procurou o homem, mas ele já não estava mais lá. Havia somente uma chuva gélida e fina que gelou seu coração.

Como sempre, ninguém havia notado.

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Bela

Bela

29 anos, engenheira da computação, tenho uma grande paixão pela escrita. Pretendo ser uma grande escritora um dia. Minha vida como escritora começou quando eu tinha 10 anos e já escrevia histórias curtinhas. O sentimento pela escrita é tão grande que virou um grande sonho ser capaz de tocar as pessoas com palavras como grandes escritores e seus livros que tocam em nossos corações.

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Sou uma garota que tem uma grande paixão pela leitura e pela escrita.
Sou tradicional e gosto de escrever no papel para depois digitar, dessa maneira sinto que estou sendo inspirada por grandes escritores do passado, especialmente escrevendo com canetas de pena. Assim, fico mais perto da forma mais autêntica e pura da escrita.

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