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Conto – Sonhos

21 sexta-feira dez 2012

Posted by Bela in Contos, Escritor, Histórias, Liberdade, Magia, Textos, Uncategorized

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canção, contos, criança, escrever, escritores, esperança, garota, histórias, impossível, infância, música, sonhos, textos

No alto de um grande edifício estava uma garota chamada Melissa, a água da chuva molhava-lhe o cabelo castanho cacheado, alisando-o. Os trovões caíam perto do lugar onde estava. Os raios iluminavam o céu escurecido pela densa noite, tons de roxo se alternavam em um espetáculo de cores e o barulho das gotas caindo no cimento da rua se intensificava.

Respirou profundamente e sentiu o peso dos ombros lhe deixando lentamente. Fechou seus orbes verdes e começou a cantar uma canção bem devagar, feita só para seus ouvidos. A letra foi surgindo, cantava em um idioma há muito perdido no tempo, esquecido pela humanidade, mas que parecia fácil para ela.

Enquanto a harmoniosa melodia ia tomando forma e vida própria, uma luz fraca começou a brilhar ao lado da menina, uma figura extremamente familiar apareceu. Parecia uma pequena garota com seus cinco anos, de cabelos tão dourados como o ouro retirado da fonte mais pura e valiosa e cachos que iam até sua cintura. Sua voz se uniu a da outra num ritmo impecável.

A menina mais velha olhou para o lugar de onde vinha o som e não pode esconder um sorriso que brotou em seu rosto ao ver seu reflexo quando criança. As duas se entreolharam ainda com a canção fluindo de suas bocas. Um belo dueto havia sido formado.

A tempestade resolveu acompanhar a calmaria da música e foi cessando aos poucos, as estrelas começaram a brilhar no céu parecendo dançar em sintonia e alegria em uma dança eterna.

Melissa abaixou-se com seu vestido azul-claro todo ensopado até ficar da altura de sua pequena versão. A garotinha veio a seu encontro e deu-lhe um abraço apertado, cheio de saudades. A maior não conseguiu conter as lágrimas, que já corriam pelo seu rosto e misturavam-se com a chuva.

Sua infância havia passado há tanto tempo… Quase havia esquecido o cheiro da infância, as experiências novas e únicas. Os sonhos… Ah, os sonhos… Tinha tantos sonhos…

A criança enxugou-lhe a face, com seus pequenos lábios sorriu animadamente e pegou-lhe as mãos.

A melodia foi abaixando até tornar-se um sussurro quase inaudível na calada da noite nevoada.

– Nunca se esqueça de mim. – a garotinha lhe disse.

Ela foi desaparecendo com o vento suave e com o ronco dos trovões ao longe, sua imagem havia se tornado apenas um borrão na fina garoa que insistia em cair.

De vez em quando, Melissa precisava daqueles momentos sozinha, com seus pensamentos, seus sonhos… Era como se ganhasse força quando já não tinha mais. Sentia-se mais forte e mais determinada, sua criança interior lhe dizia para seguir seus sonhos, não importasse quão distante e impossíveis eles possam parecer.

Levantou-se e seguiu rumo a porta que a levava para seu apartamento. Antes de entrar, deu uma olhada no horizonte sem fim, além da cidade e das montanhas e pensou que algum dia estaria onde sempre quis estar.

– Nunca vou lhe esquecer, pequena. – com isso fechou a porta atrás de si.

Uma voz de criança pode ser ouvida, ecoando pelas ruas, cantando a música e acalmando e incentivando os corações de sonhadores.

Porque nenhum sonho é impossível para ser realizado.

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Conto – O Escritor e a Caneta de Pena

09 domingo dez 2012

Posted by Bela in Contos, Escritor, Histórias, Liberdade, Magia, Textos, Uncategorized

≈ 3 Comentários

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caderno, conto, escrever, escritora, escritores, história, reflexão, sentimentos, sonhos, tempo, texto, vida

A noite estava caindo pesadamente e rapidamente na cidade de grandes edifícios e largas avenidas. A agitação do dia aos poucos ia cessando, dando lugar a um silêncio calmo.

Em um pequeno quarto de um prédio na parte norte da cidade, um menino estava olhando a cidade pela janela. A cortina branca fazia contraste com o papel de parede beje do luxuoso aposento. Encostado na parede, lá estava ele. Observando as luzes que se acendiam e apagavam em várias cores vibrantes e diferentes. Seu semblante tenso aos poucos ia relaxando ao olhar as grandes e poderosas torres da Avenida Paulista. Era engraçado que ninguém as dava valor de dia por serem tão frias e sem vida, mas a noite… Pareciam dançar com as luzes que iluminavam toda a cidade.

Era bem ali naquele lugar que o garoto encontrava a paz, adorava fazer observações noturnas. Fechou os olhos por um breve instante e imaginou quantas histórias poderiam estar acontecendo ao mesmo tempo, quantos personagens, quantas aventuras!

Inspirado por esse pensamento, olhou uma última vez para sua magnífica vista, percorreu seu quarto até uma gaveta ao lado de sua escrivaninha de madeira maciça onde o seu laptop repousava, assim como livros de todos os tamanhos e gostos. Abriu-a e pegou uma caixinha de plástico onde havia sua caneta favorita e um caderno de duzentas folhas com a capa da cor de seus olhos: verde.

Com pressa, saiu de seu recinto, passou por um corredor estreito e seguiu direto para a varanda, logo depois da sala. A paisagem era simplesmente sensacional, podia ver a cidade de todos os ângulo e jeitos. O menino sentou-se em um cadeira acolchoada, deixando seus objetos em cima da mesa redonda de vidro com detalhes de arcos de metal em sua borda.

Sentiu a brisa leve e refrescante da noite se espalhar, tocar levemente seu nariz e encher seus pulmões. Tirou seu tênis preto e colocou seus pés apoiados na outra cadeira que estava do outro lado da mesa.

Quando se sentiu confortável, tirou seu objeto de escrita de dentro da caixa. Não era apenas uma caneta e sim um caneta tinteiro de pena dourada grafada com seu nome, um artigo muito belo. Deslizou-a em suas mãos suavemente, abriu o caderno e começou a escrever. Logo, a tinta azul preenchia as linhas, páginas com letras, palavras, parágrafos de histórias fantásticas e incríveis.

Não sabia se haviam passado minutos ou hora, o que mais lhe importava naquele momento era escrever tudo o que sua imaginação criava. Para ele, aquele tempo era precioso demais. A escrita parecia querer sair da página à medida que ficava mais vívida, sua mão escrevia sem descanso e sua mente turbilhoava de novas ideias.

Escreveu mais algumas frases e por fim deixou seu instrumento mais precioso descansar ao lado do papel. Sua visão foi direto para a cidade. Ainda tinha muitas coisas para escrever. Viu o quanto havia escrito apenas naquele instante: quinze folhas sem parar. Deu um pequeno sorriso satisfeito e se contentou em apreciar a vista por mais algum tempo.

E foi assim que um grande escritor nasceu.

Dizem que quando escrevemos com canetas de pena, estamos mais perto de grandes escritores antigos e de certa forma, ficamos mais inspirados por causa disso.

Dizem também que devemos tomar cuidado para nossos personagens não saírem pulando das páginas, direto para a vida real, porque isso iria gerar muita confusão!

Escrever é uma inspiração e uma libertação.

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Conto – O Realizador de Sonhos

29 sexta-feira jun 2012

Posted by Bela in Contos, Escritor, Histórias, Textos

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conto, escritores, esperança, história, sentimentos, sonhos, texto

Há muito tempo, havia um menino que nasceu com um dom um tanto pecualiar: tornar os sonhos das pessoas em realidade. Seu nome era Danilo e seus olhos verdes expressavam esperança. Esse talento começou a ser evidente quando completou sete anos, onde quer que passasse, todos ficavam mais felizes e realizados. Era como se milagres acontecessem todos os dias.

O tempo foi passando e um dia percebeu que não conseguia realizar seu maior sonho. E em uma noite quente de verão avistou várias estrelas no céu. Uma delas brilhava intensamente e então fez um pedido com toda a força do seu grande e bondoso coração.

– Estrela que brilha tão intensamente no céu, por favor, escute este pedido que eu faço com amor: eu realmente gosto de fazer as pessoas felizes, mas me sinto tão sozinho… É como se faltasse uma parte de mim.

De repente, o astro brilhou mais forte e caiu do lugar onde estava, para ficar do lado do jovem adolescente. Não tinha forma, era apenas uma luz amarela que faíscava e esquentava como o Sol. Ele recuou alguns passos.

– Não tenha medo… Não irei lhe fazer mal… – começou a falar. – Vejo que tem um bom coração e que gosta muito de ajudar as pessoas. – a luz tocou-lhe o peito. – Irei realizar seu sonho.

– Irá?

A estrela apenas consentiu e um grande clarão pode ser visto por toda a cidade. O garoto havia se transformado em um ser com luz própria e simplesmente desapareceu.

Hoje, ele não está mais sozinho. Na verdade, está dentro de todos nós… Mesmo que alguns pensam ter perdido, está dentro de nossos corações: a esperança. Por isso somos capazes de realizar todos os nossos sonhos, porque existe alguém dentro de nós que nos faz acreditar que tudo é possível, por mais impossível que pareça.

Nunca desista dos seus sonhos.

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Bela

Bela

29 anos, engenheira da computação, tenho uma grande paixão pela escrita. Pretendo ser uma grande escritora um dia. Minha vida como escritora começou quando eu tinha 10 anos e já escrevia histórias curtinhas. O sentimento pela escrita é tão grande que virou um grande sonho ser capaz de tocar as pessoas com palavras como grandes escritores e seus livros que tocam em nossos corações.

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Sou uma garota que tem uma grande paixão pela leitura e pela escrita.
Sou tradicional e gosto de escrever no papel para depois digitar, dessa maneira sinto que estou sendo inspirada por grandes escritores do passado, especialmente escrevendo com canetas de pena. Assim, fico mais perto da forma mais autêntica e pura da escrita.

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