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O Amor nos Sonhos

19 terça-feira nov 2013

Posted by Bela in Amor, Contos, Escrever, Escritor, Escritora, Histórias, Magia, Textos, Vida, Viver

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amor, apaixonado, apaixonar, bailes, beijar, conto, escritor, escritora, histórias, máscaras, mitologia, morfeu, mortal, palavras, regras, sonhos, texto, vestido

Primeiramente: desculpem a demora de postar um conto! É que eu estava um pouco corrida por causa da faculdade, mas agora está tudo tranquilo! Espero que gostem.

———————————————————————————————————————————————————————–

Ele a viu em um sonho.

A viu com um vestido florido, com flores vermelhas no cabelo. Um rosto tão sereno e belo, emoldurado por cachos.

Ele ficou a admirando por um tempo, enquanto ela não percebia que alguém a vigiava de perto, entre as árvores da floresta. Queria se aproximar dela, a dizer o quanto era bonita, mas não podia.

Ele tinha deveres a cumprir e regras. Ele estava infringindo uma ao permanecer naquele sonho por muito tempo, sua missão era deixar as pessoas terem seus sonhos e apenas zelar por eles enquanto elas dormiam.

Mas ele não conseguiu.

A cada dia que passava, ele não conseguia a tirar da cabeça e passava o dia inteiro esperando que ela sonhasse de novo para poder vê-la bela e deslumbrante, passeando enquanto seu corpo dormia em algum lugar no mundo.

Um dia, ele tomou coragem e foi falar com a moça que estava sonhando com um baile de máscaras naquele dia. Em um rápido aceno, transformou suas vestes escuras e longas em um traje festivo.  A convidou para dançar enquanto os violinistas tocavam uma música lenta e um pouco confusa, ela aceitou seu pedido.

Dançaram, dançaram e dançaram.

E nenhuma palavra foi pronunciada.

Com os olhares, eles se falaram. Ele não podia revelar quem era porque corria o risco de nunca mais poder vê-la. E quando ele soube que aquele sonho estava prestes a acabar, apenas beijou sua mão em um gesto gentil e o sonho acabou.

Mesmo não podendo ver as pessoas sem elas estarem sonhando, ele sabia, de algum modo, que ela pensava nele e estavam fortemente conectados.

Na outra noite, a moça sonhou novamente, mas não com bailes ou florestas e sim com uma gruta escondida no meio da mata.

Uma gruta que pertencia a ele, onde a estava esperando. Eles se olharam demoradamente enquanto ele levantava de sua cama de ébano rodeado por flores e um lago.

– Você veio… – sua voz era grave e causava arrepios na moça.

– Qual o seu nome? Por que estamos nos vendo de novo? – ela perguntou, se aproximando mais, cautelosamente.

– Não importa o meu nome, o que importa é você estar aqui. Há quanto tempo ninguém vem aqui… – ele respondeu, olhando seu reflexo na água. – Não fique com medo de mim, sou apenas um homem solitário.

– Solidão é o que sente?

– Não quando te vejo… – ele respondeu, virando seu olhar para olhar nos olhos castanhos da mulher que estava mais perto do que pensava.

Inesperadamente, ela ergueu um dos braços e colocou sua mão quente no rosto do outro e o olhou com muita doçura.

E depois de centenas de anos, ele sorriu verdadeiramente pela primeira vez e suas asas voltaram a se erguer sob o manto preto comprido. Asas tão brilhantes quanto os raios da estrela mais brilhante do Universo inteiro e a gruta inteira se iluminou, assim como os sonhos de todas as pessoas.

Eles se beijaram.

Ele havia se apaixonado.

Por uma mortal.

Morfeu quebrou todas as regras.

Por ela.

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Conto – O Tempo

22 sábado jun 2013

Posted by Bela in Contos, Escrever, Escritora, Histórias, Liberdade, Textos, Vida

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amor, campo, conto, escrever, escritora, felicidade, liberdade, livre, sonhos, tempo

Ela corria, corria e corria pelo campo.

O verde da grama contrastava com seu vestido azul claro cintilante e seus pés pequenos descalços. O Sol já estava alto no céu, com seus raios permitindo a vida na Terra.

Depois de tanto correr, a garota parou por um momento para olhar para trás. Estava ofegante e sorrindo ao mesmo tempo. Ela deitou-se no carpete verde vivo e ficou observando as nuvens passeando pelo céu vasto e iluminado. Seus olhos castanha escuro conseguiam distinguir desenhos… Tantos desenhos familiares e distantes do presente momento.

Não havia distúrbios… Apenas uma paz tão incrível…

A menina se sentia leve e tão… Livre… Como nunca havia se sentido.

Ali o tempo não passava, as coisas nunca mudavam, tudo era bonito de um jeito que não havia mais tristezas e as pessoas nunca iam embora.

Depois de passar um tempo ali, alguém sentou ao seu lado e começou a falar.Os dois começaram a rir juntos.

– Não temos que voltar? – perguntou o garoto, olhando o relógio no seu pulso.

Ela colocou suas mãos no rosto dele, sorrindo.

– Aqui temos todo o tempo do mundo.

E o abraçou forte.

Em algum outro lugar longe dali, onde a realidade é feia e nem sempre justa, uma menina acordou de seus sonhos.

Aquele era seu mundo… Onde o tempo não existia.

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Conto – Dragões & Eternidade

20 domingo jan 2013

Posted by Bela in Amor, Contos, Dragões, Escritor, Histórias, Liberdade, Magia, Textos

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Tags

amor, conto, destino, dragões, escrever, escritora, esperança, eternidade, história, liberdade, magia, pureza, reencarnação, reflexão, sentimentos, sonhos, tempo, vida

Havia uma garota que era fissurada por dragões.

Desde pequena, queria ter tudo que envolvesse dragões, desde relógios até bichinhos de pelúcia. Seus pais achavam esse gosto um tanto inusitado, será que não poderiam ter uma filha que gostasse de algo normal? Como barbies ou bonecas?

Com o passar do tempo, ela foi crescendo até se tornar uma moça de cabelos castanho encaracolados que iam até a cintura, como as grandes damas medievais usavam. Possuía olhos cor de chocolate penetrantes. Seu gosto por dragões não havia mudado, usava um colar prateado na forma da criatura, o viu em uma feira e comprado na hora. Se sentia conectada de alguma maneira com aquela forma de vida que talvez nem tivesse existido.

Tinha acabado a faculdade de paleontologia e já havia participado de várias escavações em sítios arqueológicos. Adorava o que fazia: encontrar fósseis ou objeto esquecidos pelo tempo e levar à grandes museus onde poderiam ser vistos por milhares de pessoas.

Talvez o destino ou alguma outra força maior a levou para aquele lugar, naquela hora. Teria que estar ali e a vida só deu um jeito de fazer acontecer. A haviam chamado para um sítio recém-descoberto, onde ossos ainda não identificados jaziam enterrados pelas areias implacáveis do tempo. Com muito gosto aceitou o convite e lá estava Marina, indo para as grandes montanhas do leste de sua cidade natal, um lugar pouco tocado pelo homem e que escondia segredos.

A paisagem era magnífica, disso não tinha dúvidas. O pôr do Sol iluminava a cadeia de montanhas de variados tamanhos, flores selvagens dominavam a visão encobrindo o vasto terreno verde. Tinha certeza que a era uma das poucas pessoas que haviam presenciado tamanha beleza da natureza e sentia como se já tivesse ido ali, um calafrio lhe percorreu a espinha.

As escavações só começaram pra valer no outro dia e Marina não sabia porque ficara tão inquieta a noite toda.

A equipe toda trabalhava no mesmo lugar, haviam encontrado um fóssil bem grande e estavam dispostos a desenterrá-lo totalmente o mais rápido possível. Apenas no final da tarde – com o Sol quente se pondo – conseguiram montar todas as peças do enorme “quebra-cabeças”. A garota não conseguiu evitar a surpresa ao ver a criatura com a qual sonhava todas as noites, aquela que fazia sua imaginação criar asas, se tornar realidade. Estava diante de um fóssil de dragão.

Com as mãos frias, trêmulas e sujas de terra tocou o crânio. E como mágica, suas pupilas se dilataram como as de um réptil e uma luz verde começou a emanar fracamente do lugar onde havia tocado e ficando mais intensa a medida que percorria todos os ossos daquela criatura que havia morrido há muito tempo. Uma imagem começou a tomar forma, um majestoso dragão vermelho de olhos pretos, focinho protuberante, asas com listas brancas e envergadura de dois metros se abriram. As escamas brilhavam como se fossem feitas de pequenas e valiosas pedras de rubi. O tempo havia parado totalmente.

– Estava esperando por você. – uma voz grave vinda do dragão ressoou. – Pode não se lembrar, mas já nos conhecemos antes. Sei que bem lá no fundo da sua mente, alguma memória de mim guarda.

Para ela, agora as coisas começavam a fazer sentido. Por isso sempre teve uma grande fixação com dragões, era como se sentisse em cada músculo de seu corpo que eles realmente eram reais e não apenas ilusões de várias civilizações.

– Você está destinada a grandes coisas, grandes feitos. Sempre acreditei em você, Maar.

Aquele nome havia puxado algum fio dentro de si porque lembrou-se de como voavam juntos por aquelas montanhas há muitos anos. Com a raça dos dragões quase extinta pelos homens, os dois permaneceram juntos, ajudando um ao outro.  Sobrevivendo a qualquer custo. Com magia, eram humanos de dia. Passaram algum tempo assim, até que caçadores encurralaram e mataram Miir. A garota não pode fazer nada, apenas chorar enquanto seu parceiro era morto. Com o restante de força que ainda restava, o dragão lançou um feitiço que em um futuro próximo os dois iriam se encontrar de novo.

– Você me esperou por todo esse tempo, Miir?

– Esperaria toda a eternidade para te ver de novo. – havia lhe dado um sorriso.

Não era apenas coincidência Marina ter se tornado paleontóloga. O destino tinha sua própria maneira de fazer as coisas, era como um novelo de lã que ia se desenrolando aos poucos.

A gigante criatura transformou-se em um rapaz de dezenove anos com cabelo castanho com uma mecha loira do lado direito e olhos amendoados. Seu sorriso emanava tanta paz e tranquilidade que a garota só queria o abraçar e dizer o quanto sentiu a sua falta.

– Eu te amo mais que tudo, minha estrela. Ainda vamos nos encontrar…

A imagem foi desaparecendo e ela ficou apenas com as memórias.

O tempo voltou a correr e ninguém havia notado aquele estranho acontecimento. O  momento passado tinha sido de Miir e Maar e apenas deles.

A descoberta de um fóssil de dragão fez a ciência rever seus conceitos sobre criaturas místicas e uma buscar por elas começou a ser feita e por incrível que pareça, muitos fósseis foram encontrados.

Marina escreveu um livro sobre dragões, um romance de aventuras e incentivou várias crianças a sonharem e buscarem aquilo que elas acreditavam, por mais impossível que pareça.

Sobre Miir e Maar? Os dois realmente voltaram a se encontrar em outra vida, na faculdade e com nomes diferentes. Apesar de terem esquecido do passado, seus corações continuavam unidos em um amor mútuo que era capaz de quebrar as barreiras do tempo.

Quando o amor é puro, ele é eterno e estamos destinados a sempre encontrá-lo de novo em vidas diferentes, mas com a mesma intensidade da primeira vez.

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Bela

Bela

29 anos, engenheira da computação, tenho uma grande paixão pela escrita. Pretendo ser uma grande escritora um dia. Minha vida como escritora começou quando eu tinha 10 anos e já escrevia histórias curtinhas. O sentimento pela escrita é tão grande que virou um grande sonho ser capaz de tocar as pessoas com palavras como grandes escritores e seus livros que tocam em nossos corações.

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Sou uma garota que tem uma grande paixão pela leitura e pela escrita.
Sou tradicional e gosto de escrever no papel para depois digitar, dessa maneira sinto que estou sendo inspirada por grandes escritores do passado, especialmente escrevendo com canetas de pena. Assim, fico mais perto da forma mais autêntica e pura da escrita.

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