Ela corria, corria e corria pelo campo.
O verde da grama contrastava com seu vestido azul claro cintilante e seus pés pequenos descalços. O Sol já estava alto no céu, com seus raios permitindo a vida na Terra.
Depois de tanto correr, a garota parou por um momento para olhar para trás. Estava ofegante e sorrindo ao mesmo tempo. Ela deitou-se no carpete verde vivo e ficou observando as nuvens passeando pelo céu vasto e iluminado. Seus olhos castanha escuro conseguiam distinguir desenhos… Tantos desenhos familiares e distantes do presente momento.
Não havia distúrbios… Apenas uma paz tão incrível…
A menina se sentia leve e tão… Livre… Como nunca havia se sentido.
Ali o tempo não passava, as coisas nunca mudavam, tudo era bonito de um jeito que não havia mais tristezas e as pessoas nunca iam embora.
Depois de passar um tempo ali, alguém sentou ao seu lado e começou a falar.Os dois começaram a rir juntos.
– Não temos que voltar? – perguntou o garoto, olhando o relógio no seu pulso.
Ela colocou suas mãos no rosto dele, sorrindo.
– Aqui temos todo o tempo do mundo.
E o abraçou forte.
Em algum outro lugar longe dali, onde a realidade é feia e nem sempre justa, uma menina acordou de seus sonhos.
Aquele era seu mundo… Onde o tempo não existia.