Poema por: Regina Ruiz

Quem este homem vê

Jamais poderia crer

Este homem de passos calmos

Cabelos grisalhos

Olhos no horizonte

Lembra o que foi ontem

Homem forte

Homem poderoso

Homem de todo charmoso

Quem perto estava

Temeroso ficava

Em seus áureos tempos

Foi temido, amado

Foi um portento

O tempo te maltratou

Mas tenha certeza

Tu ainda és: O Generoso

Tu ainda és: O Magnata

Só que não tens a prata

A prata que falta hoje

A prata que te mostra a ausência

A prata que foi tão farta

A prata que te mostra a pessoa ingrata

Ingrata foi a vida

Que você acreditou

Acreditou de forma destemida

E hoje sei que tens falta

Falta do que teu foi

E perdeste de forma descabida

Sei que jamais curará sua ferida

Ferida que fere

Ferida encrava na alma

Ferida que jamais se acalma

Ferida doída

Ferida injusta

Ferida que não se fecha

Ferida que flecha

Amarga lembrando seu passado

Pensa que doce é teu presente

Pensa que doce será teu futuro

Esqueça que tudo é escuro

Salve a vida

Salve a vida vivida

Salve a saúde

Salve homem de Cabelos Grisalhos

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