Era uma noite nublada, gélida e tenebrosa. Poucas pessoas se aventuravam a sair do aconchego de suas casas, poucos carros transitavam pelas ruas que estavam desertas.
Um fenômeno bastante raro acontecia para quem se aventurasse a olhar para o vasto céu negro: haviam duas Luas encobertas pelas grandes nuvens carregadas.
Uma adolescente de olhos castanhos se apertava mais em seu comprido, preto casaco de couro, enquanto segurava um extenso livro de japonês e uma mochila pequena nas costas. Seus passos eram apressados, como se estivesse atrasada para algum compromisso importante. A rua estava muito escura devido a má iluminação dos postes presentes. Já era tarde da noite.
Passou por pequenas ruazinhas e viu algo que a deixou espantada: um homem alto e musculoso mostrava a faca para uma outra mulher enquanto a ameaçava. Nunca havia visto cena tão pertubadora. Queria poder ajudá-la, mas como?
Alguma coisa sussurrou em seu ouvido para olhar para cima e assim o fez. As duas Luas começaram a se descobrir e iluminaram o caminho até onde o assaltante praticava o seu roubo. Algo a puxou para lá e quando se deu por si, estava confrontando aquele grande homem com sua estatura pequena. Ele deixou de lado a outra e puxou uma faca para a menina.
A garota, que estava com o cabelo tampando seu rosto, levantou o seu rosto, o mirou seriamente e depois deu uma gargalhada.
– Do que você está rindo? – perguntou o outro ferozmente.
– Estou rindo da surra que eu vou te dar.
E rapidamente, algo sobrenatural aconteceu. As Luas se juntaram quando a menina fechou os olhos. Um vento forte começou a bater e a fazer barulhos gigantescos. Seu corpo começou a brilhar intensamente enquanto abria seus olhos que haviam se tornado azuis, o cabelo que ia até a cintura encurtou-se em uma trança perfeitamente montada.
Assustado, o homem deu alguns passos para trás, ainda não acreditando no que estava vendo. Ela apenas sorriu e aproximou-se dele. Com apenas um aceno de mão, ele estava no chão.
– Quem… Quem é você? – gaguejou antes de desmaiar.
– Eu sou A Vigía.
Uma heroína havia nascido.
E com isso, a lenda da adolescente combatente do crime e da injustiça espalhou-se rapidamente. Dizem que ela continua andando por aí, sempre com um olhar inocente, um sorriso prestes a ser dado e um livro debaixo do braço, apenas esperando para fazer o que fazia de melhor.
Hhuahuahuahuahuhua senti um ar de Sailor Moon ai =P